segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

[Internacional] Israel e a Operação de Gaza

O mundo ficou surpreendido pela notícia de que o Exército de Israel (Tzahal) estava com uma operação de bombardeio em curso na região da Faixa de Gaza. O objetivo era neutralizar os ataques de foguetes protagonizados pelo Hamas, partido e grupo terrorista palestino que comanda com mãos de ferro a região.

A Faixa de Gaza, território conquistado por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967, foi desocupado em 2006 como parte de um acordo de paz com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) a fim de garantir a criação de um Estado independente palestino ao lado de Israel com fronteiras seguras e pacíficas. No mesmo ano, as eleições realizadas nos territórios palestinos deram vitória legislativa ao Hamas, que a partir de então passaram a ganhar mais influência política. Entretanto, brigas internas e violentas entre o grupo partidário extremista e o Fatah, partido do atual presidente da ANP, Mahmoud Abbas (Abu Mazen) fizeram com que o Hamas concentrasse seus poderes na Faixa de Gaza, tornando os palestinos politicamente divididos.

É óbvio que os problemas dos palestinos afetaram e preocuparam a sociedade e o governo israelense. Com a faixa de Gaza nas mãos, o Hamas concentrou seus esforços maquiavélicos em atacar e amendrontar Israel e seu povo com lançamento de foguetes Kassam e Katiusha no sudoeste do país, atacando cidades como Ashkelon e outras. O medo que esses foguetes causavam a população desta e de outras cidades de Israel era algo insuportável. Apesar disso, os lideres de Israel ainda assim procuravam executar planos de trégua, apesar das respostas esporádicas do exército israelense.

A operação de Gaza tinha e tem como principal objetivo neutralizar e enfraquecer o poder bélico do Hamas e com isso proteger a vida e a integridade do povo de Israel. Uma das acusações que têm se feito a respeito desse ataque ao Hamas por parte de Israel era de que a operação "seria desproporcional" aos ataques de foguetes dos extremistas palestinos. Em primeiro lugar, a Faixa de Gaza é um território que possui uma das mais altas taxas de densidade demográfica do mundo(com 4,116km2 por habitantes), já que dentro daquele território vivem mais de 1 milhão de pessoas dentro de uma área equivalente a 1/3 da cidade de São Paulo, um pouco menor que a cidades de Fortaleza e Belo Horizonte no Brasil e equivalente ao tamanho da cidade norte-americana de Detroit e a capital da Sérvia, Belgrado.

Uma das coisas que mais me preocupa além desse fato envolvendo Gaza e sua alta e mal planejada densidade demográfica é o fato desses palestinos, assim como os libaneses do sul do Líbano e principalmente os árabes em geral serem usados como escudos humanos por parte de seus "líderes" políticos. O Fundamentalismo é algo perigoso e inerente a todas a s crenças, sejam elas muçulmanas, cristãs, judaicas e etc. Independentemente de que ainda uma grande parte dos árabes e outras pessoas digam o contrário, Israel é um Estado soberano e independente e têm o direito e o dever inalienável de defender o seu território. Uma das coisas que não tem sido noticiadas pela "grande mídia" é que médicos israelenses estariam fazendo atendimento de vários dos feridos e que a maioria das baixas eram de membros do Hamas, e não de civis como tem sido noticiado.

Uma das coisas que o SIMPLES OBSERVADOR, o caro amigo leitor e todos aqueles que leêm o blog ao redor deste gigantesco planeta têm a consciência de que este conflito no Oriente Médio é ruim para todos - tanto para o lado israelense quanto para os próprios árabes, sejam eles palestinos, libaneses, sírios e etc. Este conflito secular entre povos considerados parentes de sangue e que se complementam em vários aspectos tem chamado a atenção do mundo. Afinal de contas, a Terra de Israel é sagrada para os judeus, cristãos e muçulmanos. Um dos principais centros da fé mundial. Falar de Oriente Médio requer paciência diante de um assunto tão efervescente e que faz expelir as mais diversas paixões, entre aqueles que são ou não religiosos, que são ou não atrelados a ideologias políticas ou mesmo pelo significado do lugar que representa na mente de algumas pessoas.

O povo árabe precisa de líderes de verdade, não de "chefes tribais" que exercem o poder com mãos de ferro. Umas das coisas que aprendemos é que democracia é algo que não se impõe, se constrói. A democracia é uma construção coletiva de cada nação, povo e país, apesar dessas definições parecerem semelhantes o que não deixa da diferença não parecer ser tão imperceptível.

Não tenho ódio dos árabes, porque os árabes são parentes de sangue do Povo Judeu; são praticamente irmãos. Na verdade, eu fico desapontado (assim como todos nós) com a intolerância no qual os povos são submetidos. O que não quer dizer que haja entre os judeus pessoas que não gostam dos árabes, o que também não deixa de ser ruim. Independentemente do número de baixas entre os dois povos, a guerra é ruim para todos. Que haja paz na Terra de Israel e em todo Oriente Médio e o mundo inteiro.

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